Memórias que voltam sem pedir licença 🐘🖤

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Gean Ramos
29 de June de 2025

💭 Elefantes têm memória boa… e eu também, viu?

É quarta-feira, 20h38. Véspera de feriado. E eu, em vez de estar maratonando série ou organizando minha vida, tô aqui: lembrando de você. (Sim, DE NOVO.)

Eu tava estudando reumatologia — mais precisamente, lúpus — quando PAH! você me veio na mente. Do nada. Igual susto em filme de terror. Mas, no caso, o terror é emocional. (risos nervosos)

Lembrei daquela noite em que a gente tava jogando aquele jogo estilo “Imagem & Ação” com nosso casal de amigos. Eu e minha amiga contra você e o seu. Adivinha quem ganhou? As mulheres, claro. Feminismo vence mais uma vez.

Só que você… você não deixava o jogo andar. Queria me beijar no meio da mímica! Não me deixava nem levantar do sofá pra fazer a encenação. Tudo pra atrapalhar o time adversário, né? E pra roubar beijo. Confesso: funcionava. 😌

Mas por que essa memória voltou? Boa pergunta. Nem Freud explica. O que eu sei é que, quando você volta na mente, não vem sozinho. Vem com combo: lembrança, trilha sonora e um friozinho no estômago que não pedi.

Tipo aquele momento em que a gente tava na rua e achou um coco caído, e vocês dois resolveram brincar como se fosse uma bola de futebol. Aquele vídeo ainda tá salvo. Não sei por quê. Quer dizer, sei sim.

Guardei umas provas, sabe? Pra me lembrar que aquilo tudo foi real. Que aquele “nós” existiu de verdade. Mesmo que tenha durado pouco, teve riso, teve filme, teve jogo, teve orgulho e teve abraço apertado depois das DRs.

Aliás, lembro de uma dessas conversas antes de dormir. Aquela em que a gente tava quase tretando, mas no fundo era só orgulho ferido tentando falar mais alto. Os dois teimosos, os dois do mesmo signo. O zodíaco avisou, a gente ignorou.

E mesmo assim… a gente dormiu. E dormiu bem. Porque a verdade é que, apesar de tudo, a gente dormia melhor juntos. Tinha esse negócio chamado conforto, aquela sensação de que tava tudo bem. Pelo menos naquela hora. Pelo menos naquele travesseiro.

Aí me veio à cabeça uma matéria antiga da Super Interessante (sim, eu leio até isso quando tô com saudade):

“Elefantes selvagens podem passar anos sem contato com outros elefantes, e ainda assim lembrar deles.”

E olha só, passou só um ano. Eu não sou elefante selvagem (embora às vezes me sinta meio bicho solto), a gente nem teve um relacionamento de verdade, mas aqui estou eu. De novo. Lembrando de você.

Agora são 21h03, e já tô ouvindo About You, do The 1975. Porque é claro que minha playlist decidiu colaborar com a bad.

Tarde demais. A nostalgia venceu mais uma vez.

— G.

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